quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Next - meu novo vício online

Aqui em Israel, todo mundo sabe que existe um oligopólio no setor de varejo. Você pode ir em qualquer centro comercial em qualquer parte do país: de Norte a Sul são absolutamente as mesmas lojas! Fox, Castro, Renuar, TNT, Honigman, Hoodies, Aldo, Spring, Gazit, Nimrod, Shilav, Keds, Solog, Magnolia, TopTen, Michal Negrin. Só dá elas. É um déjà-vu constante na hora de fazer compras. E subindo ao nível corporativo, os grupos controladores dessas marcas são apenas uns 2 ou 3...

Onipresente
O pior é que além de serem as mesmas lojas, as roupas que elas vendem são mega sem-graça... No caso de vestuário infantil a situação não é diferente: tudo muito básico, estampas esquisitas, modelagens simples, sem nenhum charme especial. Uma tristeza. Para complementar as roupas que minha mãe, meu pai e minha sogra compravam nos EUA e no Brasil, era todo um contorcionismo. A Carter's não entrega aqui e a Children's Place cobra uma fortuna pelo frete.

Até que eu descobri a amada Next e meus "pobremas se acabaram-se"! Trata-se de uma rede de lojas inglesa, estilo "magazine" que vende de tudo. As roupas são lindas, de excelente qualidade e, ao contrário do que eu esperava (1 libra vale mais ou menos 6 shekalim!), os preços são super justos, mais baratos do que encontramos por aqui. E eles não cobram frete pra cá!



Quando fui buscar minha primeira compra nos Correios (aqui em Israel não tem porteiro, então o que não cabe na caixa de correio, temos que buscar numa agência), fiquei assustada: sem exageros, 40% de todas as encomendas nas prateleiras eram da Next!

Certa vez, liguei para o Customer Service deles para perguntar sobre um pedido, e a atendente respondeu: "Desculpe senhora, mas é que vocês israelenses gostam muito dos nossos produtos e a quantidade de pedidos deu um salto gigantesco. Por isso, a alfândega em Israel foi surpreendida com tantas compras de um mesmo fornecedor, e passaram a abrir muitas encomendas. Peço desculpas pelo incômodo". Hahahaha!!! No final a encomenda acabou chegando depois do prazo e eles devolveram T-O-D-O o meu dinheiro!

Coleção outono/inverno para meninas

Coleção primavera/verão para meninos


Desde então, fiz outras compras e não teve absolutamente nada de que eu não gostei ou que era mal-acabado e tal. Então, moças, podem se jogar na Next que vale a pena! Eu ontem mesmo comecei a fazer os pedidos de roupas de primavera/verão para as crianças. Aliás, é bom lembrar que encomendas até $75.00 não são tributadas aqui em Israel, então se quiserem comprar mais do que isso, dividam os pedidos e dêem um intervalo de uns 3 dias entre cada um.

Boas compras!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Revolução Anitta

Eu sempre amei dançar! Era péssima em quase todos os esportes, mas dançar era comigo mesmo! Comecei a fazer jazz com 3 anos e nunca mais parei. Fiz ballet clássico, sapateado, jazz de novo, dança israeli... E amava sair pra dançar qualquer que fosse o ritmo. Ia sempre na quadra da Mangueira, no forró, micareta e até em baile funk. Até que comecei um processo de teshuvá e não consegui mais encontrar um espaço para dançar que se adequasse aos meus "novos" valores. E sentia muita, mas muita falta!


Até que um dia, vi na internet uma reportagem sobre uma nova cantora popular que estava fazendo um mega sucesso no Brasil, e resolvi assistir o clipe que ela estava lançando.

Assim que a Anitta começou a dançar a coreografia de "Show das Poderosas", fiquei fascinada! Caramba, queria dançar que nem essa mulher!!! Comecei a pesquisar e achei um vídeo de um professor de dança que ensinava uma coreografia para aquela música. E descobri que, na verdade, esse professor tinha um canal no YouTube onde ele ensinava passo-a-passo a coreografia de várias músicas! Fiquei viciada no canal do Daniel Saboya e percebi que eu podia dançar em casa sem nenhum problema de halachá. Ninguém ia me ver mesmo...


A dança fez eu me sentir tão bem, mas tão bem, que resolvi procurar aulas de dança só para mulheres aqui em Modi'in. Comecei a fazer aula de zumba e vi que tinham várias outras mulheres religiosas! Era tão engraçado vê-las chegando todas cobertas e de repente estavam todas de calça legging, top e cabelo solto! E rebolando! Hahahah!!! Eu não poderia esperar pelo gingado brasileiro, mas a aula era super legal!!!

Como religiosas, muitas vezes acabamos deixando um pouco de lado o exercício físico e outras atividades que melhoram a saúde e geram bem-estar, mas não pode ser assim, gente! A própria Torá nos orienta a cuidarmos do nosso corpo com muita atenção. Essa experiência me deu uma injeção de endorfina e auto-estima, e influenciou positivamente vários outros aspectos da minha vida. Desde o humor até a alimentação. Uma revolução mesmo!

É verdade que muitas vezes as músicas boas de dançar têm letras que são super "não-tzanua", escrachadas e falam de assuntos que não tem nada a ver com o meu mundo, mas o ritmo é contagiante, e filtrando as mais pesadas, dá pra montar uma boa seleção!

Não tenho mais ido na aula de zumba por causa do horário, mas como amei voltar a dançar, dei um "jeitinho" e arranjei um exercício que substitui parcialmente essa necessidade: faço caminhadas de manhã ouvindo samba, funk, axé e todos os ritmos gostosos de dançar. Quem me vê andando deve me achar completamente doida, cantando toda feliz! Hahahah!!! Ah, e também não perco um vídeo que o Daniel Saboya posta! Ele é o melhor!

Religiosas americanas treinando running com sua "coach"
Cada uma com seus gostos e preferências, o importante é se exercitar e se distrair um pouco do dia-a-dia corrido e cansativo. Vamos se mexer, meninas!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Jóia rara

Para quem gosta de moda, a última Parashá (Tetsavê) foi um prato cheio! Dando continuidade ao assunto do mishkán ("tabernáculo"), a Torá descreve em detalhes como deveriam ser as vestimentas do Cohen e do Cohen HaGadol. Roupas de baixo, túnicas de linho, cinto, turbante, colete: todos minuciosamente descritos. Cores, comprimentos, tecidos, materiais e quantidades foram todos definidos por D's. O objetivo da roupa tão luxuosa: "l'kavod u l'tiferet"; "para dignidade/honra e beleza".

Além de levantar a questão do valor da beleza e da estética no Judaismo (pretendo me aprofundar nisso em um post ainda essa semana), um item em particular da vestimenta do Cohen HaGadol me despertou curiosidade: o "Choshen". O Choshen era um peitoral feito de linho rebordado e cravejado de pedras preciosas emolduradas em ouro. As pedras tinham uma ordem específica e cada uma tinha em si gravado o nome de uma das 12 Tribos a que representavam.



O Choshen chamou a minha atenção por 2 motivos: o bairro onde eu moro, em Modi'in, se chama Avnei Chen ("pedras preciosas" em hebraico) e cada rua tem o nome de uma das 12 pedras do Choshen. O engraçado é que a minha rua é a única do bairro que não tem nada a ver com o assunto, chama-se Migdal Yam ou "Torre do Mar". Nada a ver mesmo, até porque infelizmente estamos muuuito longe do mar...

Escultura na entrada do bairro Avnei Chen, em Modi'in

O outro motivo é que cresci ouvindo minha amada vovó Rosa (z"l)  falar sobre pedras preciosas, semi-preciosas, lapidações, quilates e etc. Aliás, até sonhei com ela nesse shabat! Incrível!

Há muitas controvérsias em torno da identificação das pedras descritas na Torá, com base na nomenclatura que se usa hoje em gemologia, mas em geral a idéia mais aceita é a seguinte:



1ª fila:
* Odem: Rubi
* Pitedah: Topázio ou Crisolita
* Bareket: Esmeralda

2ª fila:
* Nofech: Malaquita ou Turqueza
* Sapir: Safira ou Lápis-lázuli
* Yahalom: Diamante

3ª fila:
* Leshem: Âmbar ou Zircônia amarela
* Sebo: Ágata
* Achlamá: Ametista

4ª fila:
* Tarshish: Água-marinha
* Shoham: Berilo
* Yashfeh: Jaspe

E é claro que aqui em Israel não faltam jóias inspiradas no Choshen e joalherias chamadas "Avnei Choshen", "Choshen" e etc:






Agora você já sabe: no próximo aniversário, pode pedir uma linda jóia de presente e dizer que é em homenagem à Parashá Tetsavê! ;D

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Esse é o meu povo!

Esse vídeo foi lançado hoje de manhã no canal oficial de Israel no YouTube!

Amei tudo! As misturas entre antigo e moderno, religioso e laico, jovem e velho, arte e ciência, sol e neve são a essência da sociedade israelense atual.

Espero que gostem!



Shabat shalom!

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